Jurists against democracy:
uses of law and democratic disintegration in Brazil after 2014
Keywords:
legal field, political system, democracy, BrazilAbstract
In Brazil, aside from outlining discourses and practices that set pathways for legal institutions, jurists have also traditionally played a central role in politics. Moreover, by openly criticizing public officials and the political system itself, as well as by merging political engagement with professional acting, jurists introduce non-legal, particularistic subjects in the legal system. They may also trade their actions for long-term group benefits. Considering the context and aftermath of Operation Car Wash, it is possible to discern that the jurists’ attitudes toward the law and politics exert impact on the assessment of the legitimacy of the exercise of power expressed in surveys measuring the trust in democracy. Within this framework, we argue that, by presenting themselves as agents of legality while simultaneously violating the law, jurists contribute to the deepening of the political-institutional crisis. Furthermore, we hold that the instrumentalization of legal forms boosts non-democratic uses of law, reinforcing the disintegration of the Brazilian democracy after 2014.
Downloads
References
ALMEIDA, F. (2016). Os Juristas e a Política no Brasil: permanências reposicionamentos. Lua Nova, 97, 213-250.
ALMEIDA, F. (2018). Empreendedores jurídicos como empreendedores morais. Combate à corrupção e moralização da política brasileira. Nueva Sociedad, julio 2018, 84-99.
ALONSO, A. (2017). A política das ruas: protestos em São Paulo de Dilma a Temer. Novos Estudos, junio 2017, 49-58.
ANDERSON, P. (2016). Crisis in Brazil. London Review of Books, 38(8), 15-22.
ANDERSON, P. (2019). Bolsonaro's Brazil. London Review of Books, 41(3), 11-22.
ARANTES, R., y MOREIRA, T. (2019). Democracia, instituições de controle e justiça sob a ótica do pluralismo estatal. Opinião Pública, 25(1), 97-135.
BACHUR, J. P. (2009). Distância e crítica: limites e possibilidades da teoria de sistemas de Niklas Luhmann (tese de doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
BAKINER, O. (2016). Judges Discover Politics: Sources of Judges' off-Bench Mobilization in Turkey. Journal of Law and Courts, 4(1), 131-158.
BARROSO, L. R. (2015). A razão sem voto: o Supremo Tribunal Federal e o governo da maioria. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, 5(n. especial), 23-50.
BARROSO, L. R. (2017). O Constitucionalismo democrático no Brasil: crônica de um sucesso imprevisto. Disponível em: <http://www.luisrobertobarroso.com.br/wp-content/uploads/2017/09/constitucionalismo_democratico_brasil_cronica_um_sucesso_imprevisto.pdf>. Acesso em 10 de julho de 2019.
BICUDO, H. P., REALE Jr. M., y PASCHOAL, J. C. (2016). Denúncia em face da Presidente da República, Sra. Dilma Vana Rousseff, haja vista a prática de crime de responsabilidade. Instituto dos Advogados de São Paulo (Impeachment: instrumento da democracia).
BONELLI, M. G. y OLIVEIRA, F. (2003). A política das profissões jurídicas: autonomia em relação ao mercado, ao estado e ao cliente. Revista de Ciências Sociais, 23(1), 99-114.
BOURDIEU, P. (2000). Poder, Derecho y Clases Sociales. Bilbao, España: Desclée.
CAMPOS DE RÉ, M., y BATINI, S. (2016). Responsabilização de partidos políticos por corrupção. Dez medidas contra a corrupção. Ministério Público Federal. Disponível em: <http://www.dezmedidas.mpf.mp.br/apresentacao/artigos/responsabilizacao-de-partidos-politicos-por-corrupcao-monica-e-silvana.pdf/view>. Acesso em: 18.10.2019.
CARVALHO, A. (2017). Imagens da Imparcialidade entre o discurso constitucional e a prática judicial. São Paulo, Brasil: Almedina.
CARVALHO, J. M. (1996). A Construção da Ordem/Teatro das Sombras. Rio de Janeiro, Brasil: Relume Dumará.
CASADO, L., y TUROLLO, Jr. R. (3 de setembro de 2018). PT vai ao STF contra Bolsonaro por vídeo em que ele defende 'fuzilar a petralhada'. Folha de S. Paulo. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/pt-vai-ao-stf-contra-bolsonaro-por-video-em-que-ele-defende-fuzilar-a-petralhada.shtml>.
CHEKER, M. (2016). Modelo prescricional brasileiro: um incentivo à impunidade. Dez medidas contra a corrupção. Ministério Público Federal. Disponível em: <http://www.dezmedidas.mpf.mp.br/apresentacao/artigos/prescricao-penal-monique-cheker.pdf/view>.
COSTA, S. (2019). Estrutura Social e Crise Política no Brasil. Dados, 61(4), 499-533.
DA ROS, L. (2015). O custo da Justiça no Brasil: uma análise comparativa exploratória. Observatório de Elites Políticas e Sociais do Brasil, 2(9). Disponível em: <http://observatory-elites.org/wp-content/uploads/2012/06/newsletter-Observatorio-v.-2-n.-9.pdf>. Acesso em: 09.11.2019.
DEZALAY, Y., y GARTH, B. (2002). The Internationalization of Global Palace Wars. Lawyers, Economists, and the Contest to Transform Latin American States. Illinois, EE. UU.: University of Chicago Press.
ENGELMANN, F. (2017). Para uma sociologia política das instituições judiciais. Em F. Engelmann (Org.), Sociologia Política das Instituições Judiciais (pp. 17-38). Porto Alegre, Brasil: UFRGS.
ENGELMANN, F. y PENNA, L. (2014). Política na forma da lei: o espaço dos constitucionalistas no Brasil democrático. Lua Nova, 92, 177-206.
FISCHER-LESCANO, A. y MEISTERHANS, N. (2013). Ordnungsmuster der globalen Sicherheit. Em A. Fischer-Lescano, y P. Mayer, P. (Org.), Recht und Politik globaler Sicherheit: Bestandsaufnahme und Erklärungsansätze (363-383). Frankfurt am Main, Alemanha: Campus.
FONTAINHA, F.; GERALDO, P.; VERONESE, A. y ALVES, C. (2015). O concurso público brasileiro e a ideologia concurseira. Revista Jurídica da Presidência, 16(110), 671-702.
FORNARA, M. y CARVALHO, A. (2018). Os Juízes na Pauta do Supremo: a atuação da Associação dos Magistrados Brasileiros no Controle Concentrado de Constitucionalidade. Revista de Ciências Sociais, 49(2), 245-296.
GARAPON, A. (1996). O guardador de promessas. Lisboa, Portugal: Instituto Piaget.
HALLIDAY, T. (1999) The Politics of Lawyers: an emerging agenda. Law & Social Inquiry, 24(4), 1007-1011.
HIRSCHL, R. (2007). Towards Juristocracy. The origins and consequences of the new constitutionalism. Cambridge, EE. UU.: Harvard University Press.
IBGE (2020). PNAD Contínua: Principais destaques da evolução do mercado de trabalho no Brasil 2012-2019. Rio de Janeiro. Disponível em <https://bit.ly/2WnAj1m>. Acesso em: 16.03.2020.
LATINOBARÓMETRO (2018). Informe 2018. Corporación Latinobarómetro. Santiago de Chile. <https://bit.ly/3ajAjU3>. Acesso em: 24.03.2020.
LAVEZO, M. (24 de agosto de 2018). Bolsonaro critica inclusão de Lula em pesquisas eleitorais e chama ex-presidente de 'vagabundo', 'malandro' e 'bandido'. G1. Disponível em: <https://cutt.ly/2eMPwvC>.
LUHMANN, N. (1985). Zum Begriff der sozialen Klasse. Em N. Luhmann (Ed.), Soziale Differenzierung: zur Geschichte einer Idee (pp. 119-162). Wiesbaden: VS Verlag für Sozialwissenschaften.
LUHMANN, N. (1993). Teoría Política en el Estado de Bienestar. Madrid, España: Alianza Editorial.
LUHMANN, N. (1998). Die Gesellschaft der Gesellschaft. Frankfurt, Alemanha: Suhrkamp.
MARX, K. (1960). Der achtzehnte Brumaire des Louis Bonaparte. Em Marx-Engels-Werke (vol. 8, pp. 111-207). Berlin, Alemanha: Dietz.
MARX, K., y ENGELS, F. (2008). Manifest der kommunistischen Partei. London, UK: Sálvio M. Soares. MetaLibri Digital Library.
MASCAREÑO, A., DA SILVA, A. S., LOEWE, D., Y RODRÍGUEZ, D. (2016). Redes informales e instituciones democráticas en América Latina. Dados, 59(3), 683-718.
MCCANN, M. (2009). Interests, Ideas, and Institutions in Comparative Analysis of Judicial Power. Political Research Quarterly, 62(4), 834-839.
MIGUEL, L. F. (2013). Democracia e representação: territórios em disputa. São Paulo, Brasil: UNESP.
MÜLLER, J.-W. (2016). What is Populism? Philadelphia, EE. UU.: University of Pennsylvania Press.
NASSEHI, A. (2017). Die letzte Stunde der Wahrheit: Kritik der komplexitätsvergessenen Vernunft. Hamburgo, Alemanha: Murmann.
NEVES, M. (1992). Verfassung und Positivität des Rechts in der peripheren Moderne: eine theoretische Betrachtung und Interpretation des Falls Brasilien. Berlin, Alemanha: Duncker & Humblot.
NEVES, M. (1994). Entre Sobreintegração e Subintegração: a cidadania inexistente. Dados, 37(2), 253-276.
NEVES, M. (2007). The symbolic force of human rights. Philosophy Social Criticism, 33(4), 411-444.
PALMA, M. (2019). Technocracy and Selectivity: NGOs, the UN Security Council and Human Rights. Baden-Baden, Alemanha: Nomos.
PAUPERIO, L. T. (2016). Recursos penais e impunidade no Brasil. Dez medidas contra a corrupção. Ministério Público Federal. Disponível em: <http://www.dezmedidas.mpf.mp.br/apresentacao/artigos/recursos-leo-pauperio-recursos-penais-e-impunidade-no-brasil.pdf>.
PERISSINOTO, R.,y CODATO, A. (2009). Classe Social, Elite Política e Elite de Classe: por uma análise societalista da política. Revista Brasileira de Ciência Política, (2), 243-270.
PINTO, E.; PINTO, J. P. G.; SALUDJIAN, A.; NOGUEIRA, I.; BALANCO, P.; SCHONERVALD, C., y BARUCO, G. (2019). A guerra de todos contra todos e alava jato: a crise brasileira e a vitóriado capitão Jair Bolsonaro. Revista da Sociedades Brasileira de Economia Política, 54, 107-147. Disponível em: <http://www.revistasep.org.br/index.php/SEP/issue/view/25>.
POKOL, B. (2017). The Juristocratic State. Budapest, Hungria: Diálog Campus Kiadó.
RAMOS, M. M. y CASTRO, F. A. (2019). Aristocracia judicial brasileira: privilégios, habitus e cumplicidade estrutural. Revista Direito GV, 15(2), 1-36.
REID DOS SANTOS, A. (2008). Direito e profissões jurídicas no Brasil após 1988: expansão, competição, identidades e desigualdades (tese de doutorado). Rio de Janeiro, Brasil: UFRJ/IFCS.
RODRÍGUEZ-GARAVITO, C. (2011). Toward a Sociology of the Global Rule of Law Field. Neoliberalism, neoconstitutionalism, and the contest over judicial reform in Latin America. Em Y. Dezalay, y B. Garth (Eds.), Lawyers and the Rule of Law in an Era of Globalization (Law, Development and Globalization) (pp. 155-181). New York, EE. UU.: Routlege.
SOUZA, J. (2003). A construção social da subcidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica. Belo Horizonte, Brasil: Editora UFMG.
VIANNA, L. W. y BOM JARDIM, F. (2015). Judges, their Associations, and Politics Notes of a Research Agenda. Revista da Sociedade Brasileira de Sociologia, 1(1), 92-105.
ZAFFALON, L. (2017). A Política da Justiça: blindar as elites, criminalizar os pobres (tese de doutorado). São Paulo, Brasil: Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas.